quarta-feira, 5 de maio de 2010

COMUNICADO DO SIND-UTE (URGENTE)

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, vem a público e, por intermédio da imprensa, comunicar:

“A greve por tempo indeterminado deflagrada em Minas Gerais no dia 08 de abril configura-se no maior movimento dos últimos anos em nosso estado. Enfrentamos até aqui ameaças, tentativas de demissão, arbitrariedades, repressão, agressão física. Respondemos com organização, mobilização, manifestações e a continuidade da greve.

Temos um claro objetivo: a implementação do piso salarial profissional de R$1.312,85 para jornada de 24 horas e nível médio de escolaridade.

Enfrentamos uma articulação do Governo do Estado envolvendo mídia paga, inteligência do serviço de segurança pública, decisões políticas do Poder Judiciário.

O nosso recuo neste momento significará uma derrota não apenas da campanha salarial de 2010, mas a nossa derrota enquanto categoria. Perderemos a capacidade de conquistar qualquer mudança de salário além de ficarmos vulneráveis às retaliações da Secretaria Estadual de Educação (SEE).

A liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Mandado de Segurança impetrado pelo Sind-UTE/MG) que garantiu aos/as trabalhadores/as em educação o direito de greve sem que haja demissões ou substituições foi uma importante vitória jurídica e política para a continuidade da greve.

No entanto, o Governo de Estado ajuizou ação civil pública pedindo a decretação da ilegalidade da greve. Um Desembargador do Tribunal de Justiça deferiu a tutela antecipada determinando a imediata suspensão da greve, por considerá-la ilegal. O Desembargador não ouviu o Sind-UTE/MG antes de decidir. A decisão é de 04/05/10, véspera da nossa assembleia estadual, que acontece hoje às 14h, na Praça da Assembleia Legislativa.
O Sind-UTE/MG cumpriu todos os requisitos determinados pela Lei Federal 7.783/89 que é aplicada ao direito de greve do setor público. No entanto, o Tribunal de Justiça optou por declarar a ilegalidade da nossa greve. O Sind-UTE/MG recorreu da decisão do TJMG e está se organizando para assumir a multa diária de R$10.000,00.

Voltar para a escola neste momento não reverterá o que o Governo Estadual está fazendo. Precisamos manter a nossa mobilização para modificar o atual quadro de ameaças e tentativas de retaliação. Não será a primeira vez que os/as trabalhadores/as enfrentam decisões judiciais que têm perfil político.

Em defesa do nosso piso salarial, do nosso direito de greve, em defesa da qualidade da educação em minas gerais, a greve por tempo indeterminado precisa ser mantida.”

3 comentários:

  1. Sou professora em Extrema e só volto a dar aula quando o SINDICATO autorizar. Agora ou vai ou racha. Estamos firmes. Falo por mim e pelas colegas que estão, neste momento, lá em BH. A vitória é nossa. Elaine PIIIB, ganhando uma miséria. CHEGAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Chega de ditadura em minas estado berço da liberdade e de seus ideais. O q se percebe é o jg politico claro do PSDB que quer calar a multidão de trabalhadores da educação, do transporte e outros setores vendendo a ideia de um estado promissor e comprometido com o presente e o futuro. Basta de Aecio e seu coluio. Vamos a luta pois a luta contina e n pode parar. Quem sabe faz a hora.Zozò Gov Valadares

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  3. sou professora de Alpinópolis,acredito na nossa classe e estamos firmes na greve ,,,na hora de pedir votos os nossos governantes ficam em horário nobre na televisão e na hora de conversar dar atenção a classe eles ignoram igual cachorro de rua.Governantes aparecem para negociar. Ou ñão precisam mais de nós esqueceram que votamos.

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